
O Google Cloud acaba de dar um passo decisivo no setor de ativos digitais ao anunciar o lançamento de sua própria blockchain: o Google Cloud Universal Ledger (GCUL). A novidade, revelada oficialmente em 27 de agosto de 2025, marca a entrada da gigante da tecnologia em uma arena dominada por redes como Ethereum, Solana e Tron. Mais do que uma nova infraestrutura, o GCUL representa uma proposta de transformação na forma como instituições financeiras lidam com pagamentos, contratos e ativos digitais.
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Embora o Google não tenha confirmado oficialmente o lançamento de uma stablecoin própria, o projeto abre espaço para essa possibilidade, especialmente após a aprovação da Lei Genius nos Estados Unidos, que regula o setor de dólares tokenizados. Neste artigo, você vai entender o que é o GCUL, como ele funciona, por que ele pode impactar o mercado de stablecoins e o que esperar dessa iniciativa nos próximos meses.
O que é o Google Cloud Universal Ledger (GCUL)?
O GCUL é uma plataforma de tecnologia de registros distribuídos (DLT), termo técnico que se refere a sistemas semelhantes à blockchain. Segundo o Google, o GCUL foi projetado para ser um sistema global, programável, com suporte a múltiplas moedas e funcionamento 24 horas por dia. A proposta é oferecer uma infraestrutura segura, escalável e neutra para instituições financeiras, fintechs e empresas que desejam operar com ativos digitais.
Diferente das blockchains públicas, o GCUL será uma rede permissionada — ou seja, os participantes precisarão de autorização para operar na plataforma. Isso garante maior controle sobre conformidade regulatória, segurança e privacidade, elementos essenciais para o setor financeiro.
Principais características do GCUL
- Taxas estáveis e transparentes: As transações não serão pagas em uma moeda nativa, como ocorre em Ethereum ou Solana. Em vez disso, as taxas serão faturadas mensalmente, facilitando o controle financeiro das instituições.
- Suporte a contratos inteligentes em Python: Ao adotar uma linguagem amplamente utilizada no mercado, o GCUL facilita a entrada de desenvolvedores tradicionais no universo blockchain.
- Foco em conformidade: A rede foi construída com mecanismos de verificação de identidade (KYC), terceirização de taxas e auditoria integrada.
- Infraestrutura neutra: O GCUL não está vinculado a um ecossistema fechado, como ocorre com blockchains da Circle ou Stripe. Qualquer instituição pode construir sobre a rede sem depender de concorrentes diretos.

Por que o Google pode lançar uma stablecoin?
Embora o Google não tenha confirmado oficialmente o lançamento de uma stablecoin, o contexto regulatório e tecnológico aponta para essa possibilidade. A aprovação da Lei Genius nos Estados Unidos criou um ambiente favorável para empresas privadas emitirem dólares tokenizados, desde que sigam regras específicas de transparência, liquidez e auditoria.
Além disso, o GCUL foi projetado para suportar múltiplas moedas e ativos digitais, incluindo títulos, fundos e garantias — o que abre espaço para a tokenização de moedas fiduciárias. A criação de uma stablecoin própria permitiria ao Google oferecer uma solução completa de pagamentos, liquidação e custódia, integrada ao seu ecossistema de nuvem e publicidade.
Parcerias estratégicas e testes em andamento
O anúncio do GCUL foi precedido por uma série de parcerias estratégicas. Em março de 2025, o Google Cloud firmou colaboração com o CME Group, uma das maiores bolsas de derivativos do mundo, para testar soluções de tokenização e pagamentos digitais. A iniciativa reforçou os indícios de que o Google estava se preparando para lançar uma rede própria.
Segundo Rich Widmann, Head of Strategy Web3 do Google Cloud, o GCUL já concluiu sua primeira fase de integração e está avançando para testes diretos com participantes de mercado. A expectativa é que os primeiros serviços baseados na nova blockchain sejam disponibilizados em 2026.
Impacto no mercado de criptomoedas
A entrada do Google no setor de blockchain pode alterar significativamente o equilíbrio de forças entre as redes existentes. Ethereum, por exemplo, domina os contratos inteligentes e serve como base para bilhões de dólares em stablecoins e protocolos de finanças descentralizadas. Solana, por sua vez, se destaca pela alta performance e baixas taxas.
Com o GCUL, o Google oferece uma alternativa privada, permissionada e integrada ao seu ecossistema de nuvem, o que pode atrair bancos, corretoras e grandes empresas que buscam eficiência e segurança. A adoção de contratos em Python também pode acelerar a entrada de desenvolvedores corporativos, ampliando o alcance da rede.
Tokenização de ativos e o futuro das finanças
Além das stablecoins, o GCUL foi projetado para suportar a tokenização de ativos do mundo real (RWA), como ações, títulos, imóveis e fundos. Essa tendência vem ganhando força entre instituições financeiras, que buscam formas mais eficientes de negociar, liquidar e custodiar ativos.
Com uma infraestrutura escalável e compatível com padrões regulatórios, o GCUL pode se tornar a base para uma nova geração de serviços financeiros, operando 24 horas por dia, sete dias por semana, com liquidação instantânea e custos reduzidos.
O lançamento do Google Cloud Universal Ledger marca um novo capítulo na evolução da tecnologia blockchain. Com foco em instituições financeiras, conformidade regulatória e integração com o ecossistema Google, o GCUL tem potencial para redefinir padrões de infraestrutura no setor de ativos digitais.
Embora ainda não haja confirmação oficial sobre uma stablecoin própria, o projeto abre espaço para essa possibilidade e sinaliza que o Google está preparado para competir com gigantes como Circle, Stripe e até mesmo redes públicas como Ethereum e Solana.
A iniciativa também reforça a tendência de tokenização de ativos e digitalização do sistema financeiro, com impacto direto na forma como empresas e consumidores lidam com pagamentos, investimentos e contratos. Para quem acompanha o mercado de criptomoedas e tecnologia, o GCUL é um projeto que merece atenção nos próximos meses.
Você pode acompanhar os detalhes técnicos e atualizações sobre o GCUL no Money Times e na cobertura completa do Livecoins.