
A Gryphon Digital Mining, uma das mineradoras de Bitcoin mais conhecidas dos Estados Unidos, acaba de aprovar oficialmente sua fusão reversa com a American Bitcoin, empresa ligada à família Trump e à gigante canadense Hut 8. A operação marca um dos movimentos mais estratégicos do setor cripto em 2025, com a nova entidade assumindo o nome American Bitcoin e estreando na Nasdaq sob o ticker ABTC em 2 de setembro.
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Neste artigo, você vai entender o que é uma fusão reversa, os detalhes do acordo entre Gryphon e American Bitcoin, os impactos no mercado de mineração de criptomoedas e o que essa operação representa para investidores e para o futuro da indústria cripto nos Estados Unidos.
O que é uma fusão reversa?
A fusão reversa é uma estratégia corporativa em que uma empresa privada se funde com uma empresa pública já listada em bolsa, permitindo que a primeira se torne pública sem passar por um processo tradicional de IPO (Oferta Pública Inicial). É uma alternativa mais rápida e menos custosa para acessar o mercado de capitais.
No caso da Gryphon e da American Bitcoin, a fusão reversa permite que a nova empresa entre diretamente na Nasdaq, uma das bolsas mais exigentes do mundo, aproveitando a estrutura já existente da Gryphon.
Detalhes da fusão entre Gryphon e American Bitcoin

A fusão foi aprovada pelos acionistas da Gryphon em 27 de agosto de 2025 e anunciada oficialmente no dia 29. Como parte do acordo, será realizado um desdobramento reverso de ações na proporção de 5 para 1, reduzindo o número de ações em circulação de 82,8 milhões para cerca de 16,6 milhões.
A nova empresa manterá o nome American Bitcoin e começará a ser negociada na Nasdaq sob o símbolo ABTC. A Hut 8 Corp., que já era acionista majoritária da American Bitcoin, deterá aproximadamente 80% das ações da nova entidade, garantindo controle estratégico sobre a operação.
Origem da American Bitcoin
A American Bitcoin foi lançada em março de 2025 como uma reestruturação da American Data Center, em parceria com os filhos do ex-presidente Donald Trump, Eric Trump e Donald Trump Jr. A empresa se posiciona como uma mineradora “pura” de Bitcoin, com foco em acumulação de ativos e expansão da infraestrutura nos Estados Unidos.
A estratégia da American Bitcoin é clara: acumular BTC por meio de mineração e compras estratégicas, aproveitando o momento de valorização do ativo e o crescente interesse institucional. Estimativas indicam que a empresa já possui entre 215 e 1.941 BTC em tesouraria, segundo dados do BitcoinTreasuries.NET.
Participação da Hut 8 e influência política
A Hut 8, uma das maiores mineradoras de Bitcoin do mundo, é peça-chave na fusão. Além de deter 80% da nova empresa, ela fornecerá infraestrutura de data centers e energia para a operação da American Bitcoin. A presença da Hut 8 garante escala, eficiência energética e acesso a capital institucional.
O envolvimento da família Trump adiciona uma camada política à operação. Eric Trump tem participado ativamente de eventos internacionais ligados ao setor cripto, como a conferência Bitcoin Asia em Hong Kong e encontros com empresas japonesas como a Metaplanet. O apoio público de Donald Trump ao Bitcoin como ferramenta de soberania financeira reforça a narrativa de independência econômica que a American Bitcoin pretende adotar.
Impactos no mercado de mineração
A fusão entre Gryphon e American Bitcoin representa uma consolidação importante no mercado de mineração de criptomoedas. A nova empresa combina:
- A infraestrutura de baixo custo da Gryphon
- A estratégia agressiva de acumulação da American Bitcoin
- O suporte técnico e financeiro da Hut 8
Essa união cria uma plataforma escalável, competitiva e alinhada com os interesses do mercado norte-americano. A entrada direta na Nasdaq amplia o acesso a investidores institucionais e de varejo, fortalecendo a posição da empresa frente a concorrentes internacionais.

Expansão internacional
Além da operação nos Estados Unidos, a American Bitcoin está explorando oportunidades de aquisição em Hong Kong e no Japão. A ideia é oferecer acesso a ativos de Bitcoin listados em bolsa para investidores que não podem negociar diretamente na Nasdaq. Essa estratégia pode abrir caminho para uma presença global, especialmente em mercados com cultura de varejo forte e regulamentação favorável.
Riscos e desafios
Apesar do otimismo, a fusão também levanta preocupações. O envolvimento político pode atrair maior escrutínio regulatório por parte da SEC e da CFTC. Além disso, o setor de mineração enfrenta desafios como:
- Volatilidade do preço do Bitcoin
- Pressão ambiental sobre consumo de energia
- Concorrência internacional, especialmente da Ásia
A American Bitcoin terá que equilibrar crescimento agressivo com conformidade regulatória e sustentabilidade operacional.
A aprovação da fusão reversa entre Gryphon Digital Mining e American Bitcoin marca um novo capítulo na indústria de mineração de criptomoedas. Com estreia marcada na Nasdaq, apoio da Hut 8 e envolvimento da família Trump, a nova empresa promete se tornar uma das líderes do setor nos Estados Unidos.
Para investidores, essa operação representa uma oportunidade de acompanhar de perto a evolução de uma mineradora com ambições globais e estratégia clara de acumulação de Bitcoin. Para o mercado, é um sinal de que a mineração está se profissionalizando e se aproximando cada vez mais do mainstream financeiro.
Você pode acompanhar os detalhes da fusão e os próximos passos da American Bitcoin na cobertura completa do Cointelegraph Brasil e nas análises publicadas pelo Money Times.