Bitcoin (BTC) cai e toca suporte de preços enquanto criptomoedas recuam com inflação dos EUA no radar: veja preços nesta sexta-feira (29)

O mercado de criptomoedas amanheceu em queda nesta sexta-feira, 29 de agosto de 2025, com o Bitcoin (BTC) tocando um importante suporte técnico e arrastando consigo as principais altcoins. A desvalorização ocorre em meio à expectativa pela divulgação do Índice de Preços de Despesas com Consumo Pessoal (PCE) nos Estados Unidos — o indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed). Com os investidores atentos ao cenário macroeconômico, o apetite por ativos de risco diminui, e o setor cripto sente os efeitos.

Neste artigo, você confere os principais movimentos do mercado, os preços atualizados das maiores criptomoedas, os fatores que influenciam a queda e o que esperar para os próximos dias.

Bitcoin recua e testa suporte técnico

O Bitcoin registra queda de 2,48% nas últimas 24 horas, sendo negociado a aproximadamente US$ 110.132,42. O movimento representa um teste ao suporte técnico da faixa dos US$ 110 mil, considerado um ponto de equilíbrio entre compradores e vendedores. Caso esse nível seja rompido, analistas apontam que o BTC pode buscar patamares mais baixos, como US$ 107 mil ou até US$ 105 mil, dependendo da força da pressão vendedora.

O indicador MACD (Média Móvel de Convergência e Divergência) recuou abaixo da linha neutra, sinalizando perda de momento positivo e aumento da probabilidade de continuidade da correção. Por outro lado, alguns analistas acreditam que a queda pode representar uma oportunidade de entrada, especialmente se o suporte se mantiver firme.

Inflação dos EUA no centro das atenções

Bitcoin (BTC) cai e toca suporte de preços enquanto criptomoedas recuam com inflação dos EUA no radar: veja preços nesta sexta-feira (29)

A principal razão para o movimento defensivo dos investidores é a expectativa pela divulgação do PCE, que mede a inflação sobre os gastos com consumo pessoal nos Estados Unidos. Segundo projeções do Investing.com, espera-se uma desaceleração da inflação mensal de 0,3% para 0,2%, com a taxa anual mantendo-se em 2,6%.

O núcleo do índice, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, deve permanecer estável em 0,3% na variação mensal e subir de 2,8% para 2,9% na base anual. Se os dados vierem abaixo do esperado, podem reforçar a expectativa de corte de juros na reunião de setembro do Fed — o que seria positivo para ativos de risco como criptomoedas. No entanto, enquanto os números não são divulgados, o mercado permanece em posição defensiva.

Desempenho das principais criptomoedas

Além do Bitcoin, outras criptomoedas também operam em queda nesta sexta-feira. Veja os preços atualizados das dez maiores moedas digitais por capitalização de mercado:

NomePreço (USD)Variação 24hVariação 7dVariação YTD
Bitcoin (BTC)US$ 110.132,42-2,48%-1,89%+17,92%
Ethereum (ETH)US$ 4.352,19-5,18%+2,00%+30,65%
XRP (XRP)US$ 2,87-4,32%+2,51%+38,35%
Tether (USDT)US$ 0,9999-0,00%+0,02%+0,19%
BNB (BNB)US$ 855,10-2,17%+0,70%+21,98%
Solana (SOL)US$ 207,83-2,44%+15,70%+9,83%
USDC (USDC)US$ 0,9997-0,01%-0,01%-0,02%
Dogecoin (DOGE)US$ 0,2149-3,96%+1,41%-31,91%
TRON (TRX)US$ 0,3389-2,96%-4,59%+33,34%
Cardano (ADA)US$ 0,8244-4,93%-1,21%-2,29%

Fonte: Money Times

Pressão adicional: vencimento de opções

Outro fator que contribui para a volatilidade do mercado é o vencimento de contratos de opções de Bitcoin, que somam cerca de US$ 12 bilhões. Esses contratos permitem que investidores comprem ou vendam BTC a preços pré-determinados, e o vencimento em massa tende a gerar ajustes estratégicos que aumentam a pressão compradora ou vendedora.

Com o mercado já sensível à inflação e à política monetária, o vencimento das opções adiciona uma camada extra de instabilidade, especialmente para traders de curto prazo.

Bolsas globais em queda e aversão ao risco

A instabilidade não se limita ao mercado cripto. As bolsas asiáticas fecharam sem direção definida, enquanto os índices europeus e os futuros de Wall Street operam em baixa. O ouro, tradicionalmente considerado um porto seguro, atingiu sua máxima de duas semanas, sinalizando aumento da aversão ao risco.

Esse movimento global reforça o comportamento defensivo dos investidores, que preferem reduzir exposição a ativos voláteis enquanto aguardam definições sobre juros e inflação.

O que esperar para os próximos dias

Com o PCE prestes a ser divulgado, o mercado pode reagir de forma intensa nas próximas horas. Se os dados vierem abaixo do esperado, a expectativa de corte de juros pode ganhar força, impulsionando o Bitcoin e outras criptomoedas. Por outro lado, uma inflação acima da meta pode reforçar o viés de alta nos juros, pressionando ainda mais os ativos de risco.

Além disso, os investidores devem ficar atentos ao relatório de empregos dos EUA (payroll), previsto para a próxima sexta-feira, 5 de setembro. Esse dado é considerado um dos mais importantes para a política monetária americana e pode influenciar diretamente a decisão do Fed.

A queda do Bitcoin nesta sexta-feira reflete um momento de cautela no mercado global, com os investidores atentos à inflação dos EUA e ao cenário de juros. Embora o suporte técnico de US$ 110 mil ainda esteja sendo respeitado, o clima é de incerteza, e novas movimentações podem ocorrer a qualquer momento.

Para quem acompanha o mercado cripto, é essencial monitorar os dados macroeconômicos e entender como eles afetam o comportamento dos ativos digitais. A volatilidade continua elevada, mas também abre espaço para oportunidades — especialmente para quem sabe navegar com estratégia e informação.

Você pode acompanhar os desdobramentos e análises atualizadas no Money Times.

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