
A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), estatal responsável pela gestão dos contratos de partilha de produção no pré-sal brasileiro, anunciou uma perspectiva otimista para o leilão de áreas não contratadas das jazidas de Mero, Tupi e Atapu, marcado para o dia 4 de dezembro de 2025. Segundo representantes da companhia, os ativos em oferta podem conter volumes de petróleo superiores aos inicialmente estimados, o que aumenta o potencial de arrecadação e atratividade para investidores nacionais e estrangeiros.
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Neste artigo, você vai entender os detalhes do leilão, os campos envolvidos, o papel da PPSA, os impactos econômicos esperados e por que essa nova rodada de licitação pode representar uma oportunidade estratégica para o setor de energia no Brasil.
O que será leiloado
O leilão da PPSA oferecerá ao mercado a totalidade da participação da União nas jazidas compartilhadas de Mero, Tupi e Atapu, localizadas na Bacia de Santos. As participações são de:
- 3,5% no campo de Mero
- 0,551% no campo de Tupi
- 0,950% no campo de Atapu
Essas áreas estão em plena operação e são consideradas entre os seis maiores produtores de petróleo do Brasil, com poços de altíssima produtividade e infraestrutura consolidada. A Petrobras é a operadora principal dos campos, em parceria com empresas como Shell, TotalEnergies, CNODC, CNOOC e Galp.
Potencial de produção acima do previsto
Durante evento realizado em setembro, a diretora técnica da PPSA, Tabita Loureiro, afirmou que estudos recentes indicam que os volumes de petróleo nas áreas ofertadas podem ser superiores aos inicialmente estimados. Essa possibilidade será contemplada no edital do leilão, que será publicado em outubro após aprovação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Caso os volumes adicionais se confirmem após o início da produção, os vencedores do leilão poderão ampliar sua participação nas jazidas mediante pagamentos adicionais. Essa cláusula será prevista no contrato, garantindo flexibilidade e transparência para os investidores.
Regras e atratividade para investidores

O edital do leilão também deverá prever diferentes cenários para o preço do petróleo, com mecanismos de ajuste que permitam cobranças adicionais caso o barril ultrapasse os valores de referência. Essa abordagem visa proteger os interesses da União e garantir previsibilidade para os investidores.
Além disso, o fato de as áreas já estarem em produção reduz significativamente o risco operacional, tornando o certame mais atrativo para empresas que buscam ativos de alta performance com retorno rápido.
Roadshow internacional
Para ampliar a visibilidade do leilão, a PPSA realizará um roadshow nos Estados Unidos e na Europa, com o objetivo de apresentar os ativos a investidores institucionais e operadoras globais. A estratégia é posicionar o Brasil como destino confiável para investimentos em energia, especialmente em um momento de transição energética e busca por fontes seguras de petróleo.
Impacto econômico e arrecadação
A expectativa é que o leilão gere uma arrecadação significativa para os cofres públicos. Estimativas iniciais apontam que a venda das participações da União pode render até R$ 15 bilhões, dependendo do preço do barril e da competitividade entre os participantes.
Esse montante representa uma importante fonte de receita para o governo, sem comprometer o controle estratégico dos ativos, já que a venda se refere apenas às parcelas da União nas jazidas compartilhadas.
O papel da PPSA
Criada em 2013, a PPSA é responsável por representar os interesses da União nas áreas não contratadas do pré-sal e por comercializar a produção de petróleo e gás natural que cabe ao Estado. A estatal também atua na gestão dos contratos de partilha e na fiscalização técnica das operações.
Nos últimos anos, a PPSA tem adotado uma postura mais ativa na monetização dos ativos sob sua gestão, promovendo leilões regulares e ampliando a transparência dos processos. O sucesso das rodadas anteriores reforça a credibilidade da estatal e a confiança do mercado na estabilidade regulatória do Brasil.
Oportunidade estratégica para o setor
O leilão de dezembro ocorre em um contexto favorável para o setor de petróleo e gás. Apesar das pressões por descarbonização, o petróleo continua sendo uma fonte essencial de energia, especialmente em países em desenvolvimento. Os campos do pré-sal brasileiro se destacam por sua alta produtividade, baixo custo de extração e estabilidade geológica.
Para empresas que buscam ativos com retorno rápido e risco reduzido, as áreas de Mero, Tupi e Atapu representam uma oportunidade rara. Com infraestrutura já instalada e produção em curso, os investimentos podem ser direcionados à ampliação da capacidade e ao aumento da eficiência operacional.
O anúncio da PPSA sobre o potencial de mais óleo que o previsto nas áreas ofertadas no leilão de dezembro reforça a atratividade do pré-sal brasileiro como destino estratégico para investimentos em energia. Com regras claras, ativos produtivos e possibilidade de arrecadação bilionária, o certame promete movimentar o mercado e consolidar o papel do Brasil como líder global na produção de petróleo offshore.
Empresas interessadas devem acompanhar a publicação do edital em outubro e se preparar para disputar ativos de classe mundial, com fundamentos técnicos sólidos e potencial de valorização. Para o país, o leilão representa uma oportunidade de gerar receita, atrair capital estrangeiro e fortalecer a indústria energética nacional.